segunda-feira, setembro 18, 2006

Porque blogamos?

Durante um jantar com uns amigos, começámos a falar de problemas psicológicos e eu levantei a questão da vertente terapêutica dos blogs. Eles não visitam muitos blogs, nem sabem que eu tenho um e houve alguém que me respondeu: "Não existe vertente terapêutica nos blogs. Essas pessoas apenas procuram a confirmação de que estão certas. Querem que alguém lhes diga "estás certo!". Não querem ouvir 'Olha, que isso não é bem assim!'"
Contestei e argumentei que era uma ferramenta, como qualquer outra, em que podemos estruturar o nosso pensamento.

Mas isto ficou na minha cabeça e peço-vos que me respondam:

Porque blogamos sobre assuntos pessoais?
Queremos a confirmação de que estamos certos? Ou aceitamos opiniões divergentes?
Os comentários que fazem são maioritariamente de questionamento real ou de apoio ao bloguista?
Quando não concordam com uma opinião, a maioria das vezes, escrevem-no ou ficam calados?
Costumam receber opiniões discordantes das vossas?
Como se sentem/reagem nessa altura?

Também vou pensar nas minhas respostas!

5 comentários:

Tiago Ribeiro disse...

Blogamos porque nos sentimos bem a faze~lo, isso chega pra mim. Não achas...

Menina Rabisco disse...

Criminoso,
sim. Concordo contigo. Mas, o que eu quero mesmo investigar é se postas apenas para ti? Ou quando escreves pensas nos outros? Aceitas o confronto de ideias? Qual é a tua reacção (o que sentes) perante uma opinião discordante?

Tiago Ribeiro disse...

Eu posto o que gosto. Se eu não me conseguir rir com alguma coisa, sou incapaz de a postar. Taria a mentir se dissesse que escrevo so para mim, mas sinceramente, não me importo se depois de tar postado as pessoas gostam ou não. Eu faço o meu melhor, na verdade sendo criminoso faço o meu pior.

Se permito a discussao de ideias ou não... depende. Nunca apaguei nenhum comentário, por muito destrutivo que fosse, mas se alguém me insulta vai ter resposta :D

Anónimo disse...

Para começar eu não tenho nenhum blog mas gosto de ler. Existem dois tipos de blog´s os que querem passar uma mensagem e os que servem para libertar mos o "eu interno". Devido aos arquétipos da sociedade em que vivemos não podemos ser espontâneos uns com os outros. A verdade não faz parte da nossa vida e temos tendência todos a" mentir". E Isto fere o nosso coração, para o libertar escrevemos sobre nós. Antigamente existiam os diários mas esses só nos davam a nossa visão das coisas mas como nós vivemos e aprendemos da partilha com os outros... Tal como diz o ditado é mais fácil falar com estranhos pois eles não nos julgam e desta forma as opiniões são mais sinceras.
Beijos
PP

Shaktí disse...

Sempre digo o que sinto seja nos posts ou nos comentários, di-lo-ia na cara da pessoa, e o meu blog é o reflexo dos meus pensamentos reais e da minha vida real, esta por vezes contada apenas de uma outra forma para ser mais fácilmente entendida por todos. Os blogs podem ser terapeuticos se for isso que se quiser obter deles, aliás qualquer troca de ideias é saudável, se se respeitar o princípio da tolerância e da equidade.
Agora tens uma situação específica: nós aqui não somos amigos uns dos outros, não nos conhecemos e aquando da emissão de uma opinião num comentário num blog, em caso de desacordo, não podes ter uma conversa franca com a pessoa em questão, os blogs não abrem, infelizmente na minha opinião, o espaço para o virtual se transformar em real.
São os tempos da solidão electrónica os que vivemos e quase ninguém se quer conhecer e fazer amizades. E se quer os propósitos de alguns são altamente questionáveis, tal como em quase todos os conhecimentos que advém da net.
Não te aborreço mais com as minhas idiossincracias, pois elas já aborrecem alguns, sabe-se lá porquê.
E sim, as pessoas só querem ouvir palavras de assentimento opiniões contrárias não são bem vindas.
Mas não é este o meu caso, gosto da polémica e da discordância, a escolha do meu estilo de vida, filosofia e até alimentação são propícios a ataques de várias frentes, estou até habituada.
Beijos e continua com essa postura de querer sempre saber o porquê das coisas.